História do Ténis em Cascais – 5º capítulo
Ficou a dever-se à iniciativa de Guilherme Pinto Basto a participação do campeão francês Jean Borotra nos Campeonatos Internacionais de Portugal dos anos de 1921 e 1922, em que ganhou primeiramente as provas de singulares masculinos e depois as de pares masculinos e mistos. Seria, todavia, a presença da supercampeã Suzanne Lenglen, em 1923, que capitalizaria maiores proveitos publicitários para a competição, ao vencer as provas de pares mistos e de singulares femininos e impedir nova vitória da mítica Angélica Plantier. A imprensa registaria, então, que «Melle. Suzanne Lenglen é o principal atrativo do Campeonato de Cascais, a que tem afluído a população aristocrática e chic daquela praia e das que com ela constituem a nossa Côte d’Azur».
A participação de Portugal na Taça Davis, a maior competição de ténis por equipas de todo o mundo, catalisaria a fundação da Federação Portuguesa de Lawn Tennis, a 16 de março de 1925, que, sob a presidência de Guilherme Pinto Basto, começou por tutelar 12 clubes. Todavia, a participação da seleção nesta Taça afigurou-se muito irregular, visto que até 1950 Portugal apenas se fez representar em seis edições. A Federação associou-se, ainda, aos Campeonatos Nacionais, que, iniciados em 1925, se transformariam num dos clássicos da modalidade.
Os Campeonatos Internacionais de Portugal realizados no Sporting Club de Cascais manter-se-iam como a competição mais prestigiada, sendo marcados pela participação do vencedor da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 1920, Noel Turnbull, que entre 1925 e 1929 triunfou na categoria de singulares masculinos, o mesmo sucedendo em pares masculinos nos anos de 1920 e 1925-26 e em pares mistos no ano de 1920.